Cultura Data Driven – As decisões baseadas em dados

A cultura data driven, também conhecida como a cultura orientada por dados, é a prática de colocar os dados no centro das decisões. Entenda agora.

04/07/2022 - 20:16

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Dados e a cultura data driven - Palestra Camilla Viriato

O matemático londrino Clive Humby é autor da frase “data is the new oil” ou em tradução livre “dados são o novo petróleo”. Essa expressão é muito usas por executivos de todo o mundo que querem demonstrar o quanto ter negócios que geram dados são valiosos no mundo pós-contemporâneo e digital. Pois a partir do momento em que toda ação digital gera algum tipo de dado, essa frase do matemático faz muito sentido.

Hoje em dia, captar, tratar e analisar os dados se tornou essencial para negócios que buscam escalar suas operações e serem sustentáveis e, neste sentido, a cultura data driven – ou decisões baseadas em dados – se torna importante dentro das empresas. E para aplicar este tipo de cultura é preciso adequar a estrutura da empresa para que as ações e decisões sejam baseadas em dados.

Contudo, a união do mundo dos negócios com o mundo dos dados organizados ainda é um desafio, principalmente após a vigência da a Lei Geral de Proteção de Dados, Lei nº 13.709/2018, pois a adequação envolve mudança de processos, estrutura, ferramentas, cultura e, muitas vezes, a própria mentalidade das pessoas envolvidas.

O que é cultura data driven

A cultura data driven visa melhorar a organização e resultados da empresa através da interpretação de dados coletados. Isso quer dizer que, antes de qualquer decisão estratégica, são extraídos conhecimentos dos dados para transformá-los em ações que buscam um maior grau de assertividade.

As empresas que assumem a cultura data-driven se organizam para aumentar o volume de dados brutos (big data). Com isso, criam canais e sistemas que estruturam tais elementos e, depois de tratá-los, transformam em informações relevantes para a tomada de decisão. Em uma breve definição, Big Data é o volume total e bruto de dados do negócio.

Esses dados são captados em registros digitais, áudios gravados, conversas realizadas nas redes sociais, comportamento do usuário no site, pixel, avaliações escritas pelos clientes etc. A cultura data driven é uma necessidade urgente para todos os negócios que buscam prosperar e serem duráveis.

No futuro, a maioria das decisões poderão ser automatizadas, desde que seja uma empresa capaz de coletar, organizar e interpretar dados. Por isso, tantas empresas estão fazendo essa migração de empresa não data driven para empresa data driven. Veja a seguir a diferença.

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Como identificar uma empresa data driven

O que é empresa data driven

  • Entendimento, estudo e pesquisa de quais dados são necessários antes de tomar decisões;
  • Reunião e recolhimento dos dados;
  • Busca por insights nos dados reunidos;
  • Teste baseado na decisão tomada;
  • Reunião e recolhimento de novos dados a partir do retorno do teste (relacionamento com o cliente);
  • Aperfeiçoamento e melhora da decisão que foi tomada (se necessário).

O que é empresa não data driven

  • Decisões fundadas no subjetivismo do “eu acho que” e a partir de impressões ou feeling;
  • Busca posterior de dados para apoiar uma decisão que já foi tomada;
  • Ação é executada pelo tomador de decisão ou de outros funcionários.

Como implementar a cultura data driven

Para ter um negócio consistente utilizando dados como fatores primordiais nos processos de tomada de decisão, é necessário considerar uma estrutura linear e democrática de informações. Veja alguns pontos importantes para analisar na hora de implementar a cultura data driven na empresa:

Confiança

Toda a estrutura de informações deve prover confiança total dos dados que disponibiliza. O que significa que deve ser sem atraso, erros ou perdas.

Rastreabilidade

Todos os dados devem ser acompanhados e rastreáveis. De modo que, a autonomia sobre as fontes permaneça disponível para consulta a qualquer momento.

Escalabilidade

Toda a estrutura de informações e dados deve ser construída de forma a suportar o crescimento da empresa. Além disso, o processo de escala deve ser feito evitando possíveis erros devido a falta de preparo. Para sintetizar ainda mais as pesquisas e feedbacks do seu público, é preciso seguir uma amostragem eficiente de dados confiáveis. A seguir, vamos explicar o que significa amostragem de dados confiáveis.

Como montar amostragem de dados confiáveis

Amostra de dados

Na hora de pensar a coleta de dados não basta apenas reunir, existe uma forma correta para que essa amostragem seja confiável. Neste sentido, a amostra de dados pode ser definida como a parcela do universo da pesquisa que será efetivamente investigado. E para seguir com a base de dados em um negócio, é necessário se manter atualizado com as leis. Na sequência, você vai ver como a LGPD funciona para empresa.

Margem de erro

A porcentagem de variação dos resultados da pesquisa. Por exemplo: uma pesquisa que quer encontrar a proporção de brasileiros com casa própria possui índice de erro de 5%. Suponha que a pesquisa retorne o resultado de que 45% da população possui casa própria. Dessa forma, a margem de erro indica que o resultado real pode variar em 5 pontos percentuais para mais ou para menos, ou seja, o número de brasileiros com casa própria fica entre 40% e 50% da população;

Confiabilidade

O índice que mostra a probabilidade dos resultados obtidos refletirem as opiniões da população pesquisada. Por exemplo: uma pesquisa com nível de confiança de 95% quer dizer que se aquela mesma pesquisa for repetida 100 vezes, em 95 delas o resultado obtido será o mesmo.

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Como aplicar a LGPD

Aprovada em agosto de 2018 e com vigência a partir de agosto de 2020, a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) cria um novo cenário de segurança jurídica. A LGPD busca a padronização de normas e práticas para proteger os dados pessoais de todo cidadão que esteja no Brasil.

Elencamos 3 pontos importantes para você observar na hora de coletar dados em sua empresa, mesmo que esteja começando no marketing digital agora.

Consentimento

Um dos elementos essenciais da LGPD é o consentir. Ou seja, o consentimento do cidadão é a base para que dados pessoais possam ser tratados.

Automatização com autorização

Segundo a lei brasileira, a pessoa que cede os dados para terceiros deve ser informada sobre a finalidade. Por exemplo: se a finalidade de um tratamento, feito exclusivamente de modo automatizado, for construir um perfil (pessoal, profissional, de consumo ou outros), o indivíduo deve ser informado que pode intervir, pedindo revisão e, até mesmo, a exclusão no momento da coleta dos dados.

Gestão empresarial dos dados

A gestão empresarial dos dados determina uma administração de riscos e falhas. Portanto, a empresa que gere dados deve:

  • Redigir normas de governança;
  • Adotar medidas preventivas de segurança;
  • Replicar boas práticas e certificações existentes no mercado.

A empresa terá ainda que elaborar planos de contingência; fazer auditorias; resolver incidentes com agilidade etc. Em uma empresa, todas as áreas e funcionários são beneficiados quando têm acesso a uma série de dados relevantes.

Por exemplo, marketing e vendas podem entender de forma objetiva as necessidades e preferências dos clientes a partir de uma coleta de dados. Cabe a empresa incentivar a adotá-los, explorá-los e examiná-los no dia a dia das atividades e na tomada de decisões.

Conclusão

A cultura data driven busca melhorar a organização e os resultados da empresa por meio da interpretação de dados. Não basta apenas coletar dados externos e internos de diversas origens, pois é preciso organizar, categorizar e, até mesmo, gerar relatórios que sejam úteis para a empresa.

Um monte de dados bagunçados não resolve nada. Assim como um monte de dado inútil numa planilha não te levará para o caminho da decisões baseadas em dados. E para qualquer negócio crescer hoje em dia, é fundamental conhecer a fundo seus clientes, oferecendo experiências personalizadas ao longo de todas as suas jornadas.

Uma empresa que toma decisões baseadas em dados possui condições de extrair informações muito úteis para alcançar novos patamares no mercado. Aumentando sua eficiência com o cliente, otimizando rotinas internas e processos, acelerando o crescimento e fundamentando suas decisões em coisas objetivas.

Sua empresa usa os dados para fundamentar a tomada de decisões? O que pode ser feito para que a cultura data driven seja implementada? Nos deixe saber nos comentários.

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Camilla Viriato
Camilla Viriato

Mineira, empreendedora e bacharel em direito, fundou o etd em 2016 pelo direito de saber de cada brasileiro e brasileira. Acredita que através da informação simples e organizada é possível incluir todas as pessoas na democracia, tornando-as mais livres.

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